sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fabíola Locately


A travesti capixaba Fabíola Locately, de 25 anos, morreu nesta terça-feira, com problemas em decorrência do uso de silicone industrial. De acordo com um amigo de Fábio Brauw Fortunato, nome de batismo de Fabíola, ele foi internado na última quinta-feira no Hospital Dório Silva, na Serra, com febre, dor no peito e dificuldade de ficar em pé. Inicialmente, ele teria resistido à internação, se automedicado e só quando seu estado de saúde se agravou que ele aceitou ir ao hospital.

Essa não foi a primeira vez que Fabíola teve problemas em decorrência do uso do silicone industrial.

- Da primeira vez que colocou, ele ficou ruim, não conseguia nem andar, mas depois melhorou. Nós não sabíamos que o que ele fazia era clandestino - conta Elizabeth Gonçalves da Silva, 40 anos, cunhada de Fabíola.

De acordo com informações da Associação LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do Espírito Santo, de fevereiro a março deste ano outros dois travestis morreram por usarem silicone industrial.

O cirurgião plástico Ariosto Santos alerta que é proibido injetar silicone industrial com uso medicinal.

- É líquido e se move pelo corpo. Pode cair na corrente sanguínea e afetar fígado, rins, causar infecção, abscessos e até embolia pulmonar, levando à morte, além de causar assimetrias no corpo - explica.

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